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INFRA
Outsourcing & Workplace
de alta a partir de 2018, caso haja volta
da estabilidade econômica.
Vale destacar que cada região tem
suas peculiaridades. EmSão Paulo, a que
mais tem sofrido é a Berrini, que assistiu
a umboomde novos empreendimentos,
totalizando 700mil m2 novos. O resultado
é uma vacância de 36,5%.
Além das diferenças de cada região,
Alves da RealtyCorp destaca a importân-
cia de estratificar o mercado em office
(salas comerciais commenos de 100 m2),
que representa 32% de todo o mercado
de escritórios, e corporate (lajes corpo-
rativas), que representa 68%. Juntos,
são 15 milhões de m2 em edifícios de
escritórios em São Paulo.
A primeira categoria é alavancada por
profissionais liberais e pequenos inves-
tidores. Nos últimos cinco anos houve
um boom desse tipo de lançamento e
as unidades foram vendidas porque as
pessoas achavam que lucrariam, mas
a expectativa não se confirmou. Hoje a
vacância chega a quase 50% e os preços
de venda estão caindo cerca de 40%, se
comparado ao pico, de acordo comAlves.
Para Abbud, tais fatores têm gerado
um novo tipo de demanda com loco-
moções para localizações melhores ou
espaços maiores, contribuindo para certa
retomada. É omovimento flight to quality,
como ressalta Alves. Enquanto a vacância
geral está em16,78%, segundo ele, só nas
classes A e A+ ela é de 24%. Para amenizar
essa taxa, os novos empreendimentos co-
meçama diminuir seus preços, tornando-
-se uma opção com boa relação custo/
benefício, sugando, assim, a ocupação de
empreendimentos mais antigos.
Além dos espaços vagos, há reflexo
nos investimentos previstos. Pelo mo-
nitoramento realizado pela Newmark,
nota-se que alguns players diminuíram
o ritmo dos projetos na tentativa de equi-
librar a vacância, bem como os preços
de locação. Contudo, os projetos que
estão aprovados e comobras contratadas
somam aproximadamente 750 mil m2 e
devem entrar no mercado até 2019. Já
as novas aquisições de terrenos estão
sendo analisadas com maior cautela.
Para Alves, novos projetos de edifícios
corporativos só a partir de 2022, com
entregas entre 2024/2025. Esse foi o tema
da apresentação do Executivo no evento
de setembro de CoreNet, onde ele des-
tacou que deve haver uma estabilização
nos preços das classes A e A+, enquanto
nas demais, a tendência continua sendo
de queda, com recuperação a partir de
2019. Nesse intervalo, ele acredita haver
um período de grandes retrofits.
Uma perspectiva diferente é destaca-
da por Cardinali. Segundo ele, o Brasil se
tornou uma opção interessante para os
investidores internacionais arrojados:
“Porém, a queda acentuada no valor de
locação e o aumento significativo da va-
cância nos últimos 2/3 anos causam um
pouco de receio. Ademais, os valores de
venda dos ativos não acompanharam a
queda esperada por eles”.
Para Abbud, mesmo alguns que já
estavam no País acham que agora é um
bom momento porque o mercado ficou
mais acessível e barato. “Mas há certa
ressalva, pois eles tendem a achar que
vão encontrar o País em liquidação e não
é bemassim”, pondera. Por outro lado, há
os investidores que não performaram tão
bem. “Eles gostamda ideia de que o Brasil
pode ser um bom país para se investir,
mas nunca se comprovou a teoria. De
maneira geral, há interesse em continuar,
mas também querem ter alguma sina-
lização positiva de retomada”, conclui.
GALPÕES
Com25%de seus inquilinos sendo dos
setores de transporte e logística e 24%de
varejo, segundo o Sistema de Informação
Imobiliária Latino Americano (SiiLA), o
mercado de galpões é bastante sensível às
oscilações da economia edomercado. Por
se tratar de uma operaçãomuito robusta,
a logística é atendida sob demanda.
Conforme explica o Gerente Geral de
Informações da área industrial da con-
sultoria Newmark Grubb, Patrick Samuel:
“a recessão gera aumento das taxas de
desemprego e incertezas e, portanto, me-
nor consumo, o que reduz a necessidade
de áreas de armazenagem”.
Por outro lado, é a robustez da opera-
ção logística e a pressão pela busca por
redução de custos, quemantêma deman-
da por espaços de alto padrão. Segundo a
Gerente de Desenvolvimento e Negócios
da Global Logistic Properties (GLP) Fer-
nanda Assuiti, emsua apresentaçãona 16ª
Conferência Internacional da Latin Ameri-
can Real Estate Society (Lares), os custos
com logística chegama 13%- dos quais, de
25% a 30% são custos de armazenagem.
Nesse cenário, os condomínios logísti-
cos acabampor se destacar. Atualmente,
segundo o Presidente da GLP Mauro Dias,
os centros logísticos de altíssimo padrão
no Brasil representam apenas 23% do
Marcos Alves, Sócio-fundador da consultoria
imobiliária RealtyCorp
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