Encarte OTEC - page 15

movimento que oferecem. Quando o
cenário externo é urbano, vistas dinâ-
micas com atividades humanas, assim
como as mudanças do clima, são pre-
feridas pela maioria das pessoas.
A visualização do céu, de um ob-
jeto principal (por exemplo, uma
montanha ou uma edificação) e uma
base da cena (piso ou pavimentação)
geralmente são as mais agradáveis
e recomendadas. Na prática, essa
situação não será sempre possível,
mas se for perseguida desde o início
do projeto, pode ser alcançada com
mais facilidade. Vistas em que o céu
não aparece costumam causar insa-
tisfação nos usuários.
CONFORTO TÉRMICO
Os sistemas de climatização e a
envoltória da edificação deverão ser
projetados para atender quanto ao
conforto térmico. O projeto de condi-
cionamento térmico (AVAC ou venti-
lação natural) poderá seguir as dispo-
sições da ASHRAE 55-2010, Thermal
Comfort Conditions for Human Occu-
pancy, ou outra equivalente que tenha
a mesma abordagem.
A incorporação de sistemas de au-
tomação para monitoramento e ope-
ração dos sistemas de AVAC e de ven-
tilação pode contribuir para o bom
desempenho da edificação, conside-
rando conforto e eficiência energética.
Nesse caso, o sistema de automação
deve monitorar, no mínimo, as condi-
ções de temperatura e de umidade nos
ambientes internos. Outra medida é a
elaboração de simulações computacio-
nais, as quais consistem em ferramenta
útil para a verificação e dimensiona-
mento das estratégias envolvendo o
conforto térmico.
Em algumas áreas, quando as con-
dições climáticas, a umidade relativa
e o uso permitirem, é possível contar
com ventilação natural, seja ela por
meio de janelas operáveis, do uso de
grelhas laterais e/ou na cobertura, de
modo a tirar proveito de ventilação
cruzada ou do efeito chaminé. Para o
dimensionamento dos componentes
mencionados, é necessário primeira-
mente considerar as condições climáti-
cas e microclimáticas locais.
O tratamento adequado da envol-
tória é fundamental para que a edifi-
cação apresente boas condições de
conforto térmico, com o mínimo gasto
de energia para a climatização. Para
tanto, materiais termoacústicos devem
ser especificados em coberturas (gran-
des áreas horizontais), paredes exter-
nas com inércia térmica, áreas condi-
cionadas e áreas de CPDs.
VENTILAÇÃO NATURAL,
RENOVAÇÃO DE AR E QUALIDADE
AMBIENTAL INTERNA
IMPORTÂNCIA DA VENTILAÇÃO PARA
A SALUBRIDADE AMBIENTAL
A qualidade do ambiental no in-
terior da edificação é aspecto funda-
mental para o sucesso da operação,
por estar relacionada à renovação de
ar; controle de poluentes; iluminação
natural; condições de temperatura e
ventilação.
São possíveis consequências de
condições inadequadas de renovação
de ar: exposição do usuário a contami-
nantes; redução da produtividade; au-
mento do absenteísmo e, até mesmo,
o agravamento de reações alérgicas,
asma, rinite, infecções oportunistas e
doenças de pele.
SÍNDROME DO EDIFÍCIO DOENTE
– O QUE É E COMO EVITAR
É chamada síndrome do edifício
doente (sick building syndrome – SBS) a
situação na qual os usuários experimen-
tam situações agudas, no que diz respei-
to à saúde e ao conforto, que parecem
estar relacionadas com o período de
permanência na edificação. As queixas
podem estar relacionadas a toda a edi-
ficação ou a áreas específicas. São cau-
sas comuns desta síndrome: ventilação
inadequada; contaminantes químicos
provenientes de fontes internas; conta-
minantes químicos de fontes externas e
contaminantes biológicos.
PROJETO DE SOLUÇÕES PARA
ADOÇÃO DE VENTILAÇÃO NATURAL
A ventilação natural é o fenômeno
da movimentação do ar no interior das
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OTEC
+ desempenho, + eficiência, + sustentabilidade.
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