Encarte OTEC - page 14

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Outsourcing & Workplace
dimentos, faça uso de instrumentos
para o monitoramento contínuo, que
permitam identificar oportunidades
de redução dos volumes de resíduos
gerados, bem como classificá-los con-
forme sua natureza. A compreensão
dos padrões de consumo e de produ-
ção permite identificar possíveis opor-
tunidades para redução de volume,
reciclagem e reúso, evitando sua inci-
neração ou envio para aterros.
Observe ainda a escolha das em-
presas que receberão os materiais
recicláveis, de modo a assegurar que
os procedimentos adotados por elas
estão adequados aos requisitos nor-
mativos brasileiros (NBR 10004:2004
– Resíduos sólidos – Classificação; Lei
nº 12.305/10, que institui a Política Na-
cional de Resíduos Sólidos (PNRS); Re-
solução 307, CONAMA, 2002).
A documentação que comprova os
volumes destinados à reciclagem, aos
aterros e à incineração deve ser arqui-
vada e mantida no empreendimento,
de modo que possa ser auditável a
qualquer tempo. Para a consistência
da documentação, providenciar: do-
cumentação de volumes enviados e
documentação dos volumes recebi-
dos pela empresa de reciclagem. Além
disso, reserve uma área específica no
empreendimento para a separação e
armazenamento dos volumes de resí-
duos gerados.
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO
CIVIL E DEMOLIÇÃO (RDC)
Para a gestão sustentável da obra,
deve ser previsto o direcionamento
dos resíduos para a reciclagem ou seu
reaproveitamento na própria obra. Pro-
videnciar a destinação correta de RDC
é de responsabilidade do empreiteiro,
devendo os critérios de sustentabilida-
de constar em contrato de prestação de
serviços e as ações a serem supervisio-
nadas pelos contratantes.
A empresa executora da obra deve
contratar, para transporte e encami-
nhamento, apenas empresas licen-
ciadas pelos órgãos competentes,
devendo ser emitido para cada via-
gem um comprovante de transporte
e destinação de solo ou um controle
de transporte de resíduos (CTR). Neste
documento, devem constar as infor-
mações referentes à razão social da
empresa transportadora e do local do
descarte, destacando o local de retira-
da do solo e o respectivo volume do
solo (expresso em m³).
Todo tipo de resíduo gerado na
obra deve ser armazenado e descarta-
do conforme Resolução 307: triagem,
acondicionamento, transporte e desti-
nação (Resolução 307, CONAMA, 2002).
Resíduos sólidos perigosos devem ser
identificados, armazenados e descar-
tados de acordo com a NBR 12.235:
1992 – Armazenamento de resíduos
sólidos perigosos.
REFORMA OU AMPLIAÇÃO
Na etapa de projeto, é importante
levar em consideração o impacto do
empreendimento (edifício e áreas ex-
ternas) sobre a vizinhança, no que se
refere ao direito a: sol, luminosidade,
vistas, saúde e tranquilidade.
CONFORTO VISUAL E VISTA DO EXTERIOR
A iluminação, tanto natural quanto
artificial, participa ativamente do pro-
cesso de percepção do olho humano,
pois é ela que vai ajudar na detecção
da relevância da informação que está
sendo vista, através do contraste (ou
brilho, definido fisicamente como lu-
minância – fluxo luminoso que incide
numa superfície e é refletido, expresso
em candelas/m
2
) entre as superfícies.
A sensibilidade visual aumenta
paulatinamente, com o aumento dos
níveis de iluminância até um limite,
quando a sensibilidade começa a cair e
surge o desconforto causado pelo efei-
to de ofuscamento. Este ofuscamento
pode ser causado por meio direto (fon-
te de luz no campo visual) ou indireto
(reflexão de luz por superfícies), e está
ligado diretamente ao rendimento vi-
sual do indivíduo, afetando também a
sua produtividade.
OFUSCAMENTO
A fim de evitar níveis de brilho ina-
dequados nas superfícies, contrastes
excessivos e excesso de iluminação
parcial ou total nos ambientes, o siste-
ma de iluminação (artificial e natural)
deve ser dimensionado para que os
níveis de iluminância (luz incidente nas
superfícies) e de luminância (luz refleti-
da das superfícies) não tenham muita
variação. Assim, a relação do nível de
iluminação entre a área mais escura e
a mais clara em um mesmo ambiente
deve ficar idealmente em torno de 1:4 e
no máximo 1:6.
VISIBILIDADE
Aberturas com vistas para o exte-
rior são desejáveis em ambientes de
trabalho. Através das janelas, as pes-
soas podem perceber as mudanças do
clima e das horas do dia. A vista exter-
na também auxilia na orientação dos
usuários em uma edificação. Vistas
de cenas naturais com plantas e céu
despertam interesse pela variedade e
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