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68 INFRA

Outsourcing & Workplace

DIFERENTES

MODELOS DE

GESTÃO

EVENTOS

 | 

por Larissa Gregorutti

C

om o tema Melhores Práticas de

Gestão de Facilities, o primeiro FM

Debate de 2016 aconteceu no auditório

do Centro Administrativo Santo Amaro

(C.A.S.A.) organizado pela Associação

Brasileira de Facilities (Abrafac) em par-

ceria com o Grupo de Gestores de Faci-

lities (Grupas). Evento trouxe o case da

Contax de gestão própria de facilities;

do Santander, com uma gestão com-

partilhada; e o case da Microsoft, com

um modelo de gestão integrador.

Empresa brasileira que opera em 12

estados brasileiros, nove países, pres-

tação de serviço 24 horas, 365 dias por

ano, no idioma espanhol, português e

inglês, a Contax tem seu planejamento

estratégico voltado para o colaborador.

Tendo início no ano 2000 com 28 mil fun-

cionários, a empresa alcançou em 2014

um patamar de 110 mil funcionários, ad-

quirindo ao longo dos anos novos ativos.

Desde 2015, todavia, enfrenta um

mercado em crise, e está sendo obri-

gada a desenhar um plano de ação e

enquadramento dos custos de facilities,

além do ajuste do quadro de colabora-

dores, que segundo Fábio Queiroz, Ge-

rente de Facilities da Contax é o plano

da empresa de 2015 estendido até 2016.

Omodelo de gestão de facilities ado-

tado pela empresa nesse sentido foi o

de gestão própria, pois conforme expli-

ca Queiroz: “Um terceiro enfrentaria di-

ficuldade internamente, em virtude da

autonomia e alçada, com risco de não

fazer acontecer o plano de facilities”.

Da esq. para dir.

Edmar Cioletti

(Santander),

Andrea Muniz

(JLL), Fábio

Queiroz (Contax)

e Thiago Santana

(Abrafac)

Ele conta que a Contax gerencia ao

todo 28 sites operacionais no Brasil e

três Centros de Treinamentos, sendo

que o site de Recife/PE é a maior Cen-

tral de Atendimento da América do Sul,

com mais de 12 mil colaboradores.

Na parte de missão crítica, a Contax

opera commais de 2.289 mil equipamen-

tos distribuídos por geradores, no-breaks,

transformadores, torre de resfriamento e

sistema de climatização, sendo que cada

equipamento tem um plano específico e

preventivo, ou até mesmo de check-list

de rotina. Já na parte predial, são mais

de 289 mil itens, entre banheiros, mobi-

liários, dispensers, hidrossanitários, tor-

neiras, bebedouros, luminárias etc.

A principal dificuldade da empresa,

todavia, é contratar funcionários quali-

ficados, já que a gestão de facilities de-

pende 100% da colaboração dos usuá-

rios. Porém, como a Contax já teve um

turnover de 55 mil colaboradores no

ano por ser uma empresa de oportuni-

dades, que oferece ao colaborador seu

primeiro emprego, faz com que Quei-

roz questione: “Com essa rotatividade,

temos um grande desafio, como cons-

cientizar em pouco espaço de tempo o

colaborador a aderir ao plano de contri-

buir com os desafios de conservação e

limpeza dos sites?”, aponta.

Apesar da gestão de facilities pró-

pria, a atividade-meio é terceirizada,

como limpeza, manutenção e recep-

ção. “Hoje temos aproximadamente

600 colaboradores de limpeza, 140 es-

pecializados em manutenção e na par-

te de recepção são 74 recursos. É uma

rotina bastante intensa”, ressalta.

Além disso, existe uma equipe de

gestão própria alinhada dentro de um

planejamento estratégico que ajuda

Queiroz a fazer esse gerenciamento, e

completa “A empresa trabalha 24 ho-

ras todos os dias, não existe a possi-

bilidade de interromper as atividades

produtivas para fazer a manutenção.

Foi justamente por isso que decidimos

pela gestão própria, pois precisamos

de um profissional que vista a camisa

da empresa e tenha condições de se

posicionar e buscar caminhos alterna-

tivos para driblar situações como esta”,

completa o Gerente de Facilities.

No segundo case apresentado no FM

Debate, Edmar Cioletti, Superintenden-

te de Facilities do Santander, conta que

o banco adotou o atual modelo de ge-

renciamento após um início conflituoso,

onde parte da gestão era própria, parte

terceirizada e outra parte era body shop.

Como não existia um padrão nos proces-

sos, além da necessidade de criar ummo-

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