Revista Infra agosto 2014 - page 46

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Outsourcing & Workplace
mundial, a prática da maioria deles em
seus países de origem, por exemplo, é
descartar o papel higiênico dentro do
sanitário. Aqui, no Brasil, o papel é des-
cartado no cesto de lixo. Resultado: a
arena em que eu estava, ficou com par-
te de suas privadas entupidas, o que
teve um efeito desastroso nas instala-
ções, aumentando gastos com tempo
de profissionais e budget não previsto
para efetuar a demanda urgente para o
desentupimento.
Outro exemplo foi a abertura dos
jogos: na área de camarins, foram
fornecidos lanches aos atores e bai-
larinos voluntários, em sua maioria
adolescentes e jovens. Muitos deles
pegavam mais lanches do que o ne-
cessário e os descartavam nos cole-
tores (ou no chão), ainda intactos e
embalados, como: lanches, garrafas
de água e de suco, maçãs, barrinhas
de cereal. Neste caso, além do desper-
dício de alimentos e o descarte de for-
ma inadequada (mesmo com lixeiras
sinalizadas), a equipe de limpeza pre-
cisava se transformar em um batalhão
para dar conta do trabalho. Se esses
jovens, tivessem tido uma palestra de
orientação sobre não desperdiçar ali-
mentos e a importância de descartá-
-los corretamente, o legado do conhe-
cimento seria tão auspicioso quanto o
do voluntariado. Além disso, dezenas
de garrafas de plástico jogadas no
chão, poderiam ter colocado em risco
a segurança dos próprios jovens, que
alegremente circulavam e corriam de
um lado para o outro.
Mais um quesito é o do relaciona-
mento com os envolvidos com o even-
to como um todo. Muitas pessoas das
inúmeras áreas tinham necessidades e
poderes distintos, dando ordens para
vários agentes operacionais de limpeza
e de coordenação, trazendo um senti-
mento de “quem deve atender a quem
e fazer o quê” desestabilizado. Infeliz-
mente, a falta de definição hierárquica
ao processo dá margem para que cau-
sa e efeito sejam desastrosos, trazendo
riscos para a operação e também para a
imagem corporativa.
Esperamos que a colaboração dada
pelos nossos entrevistados e a expe-
riência mencionada façam com que o
leitor reflita que antes de criticar é pre-
ciso conhecer e entender a importân-
cia do processo e do trabalho implan-
tado pelo outro, respeitando todos os
membros de uma equipe/organização.
Aprendemos que é necessário indicar
mudanças de comportamento e tec-
nológicas; que o relacionamento dura-
douro é embasado em conhecimento
e competência; que resultados depen-
dem do meio e das pessoas envolvi-
das, não apenas de nossas percepções
e conhecimento. Notamos que cada
trabalho que realizamos pode impac-
tar positivamente a comunidade que
servimos e o meio ambiente em que
vivemos.
Em síntese, esperamos ter contri-
buído para subirmos mais um degrau
da escada – como disse o Felipão,
ex-técnico da seleção brasileira . Em-
bora o experiente técnico tenha se
esquecido de um precioso detalhe:
é preciso além da união do talento e
da experiência, que todos tenham a
humildade para “ouvir e aprender”
diariamente, tendo consciência que
o conhecimento que temos é insigni-
ficante frente ao que já existe ou que
está por vir.
Gestão
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e segurança
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